BATTERIE MAGAZINE nº71(FR)_No hotel do Gustav [completa,traduzida e corrigida]

Oi gente, geralmente não escrevo de forma pessoal né, que chato....vou começar a mudar isso. Então, eu postei essa entrevista semana passada, mas estava incompleta, finalmente encontrei a outra parte dos scans e uma nova transcrição muito bem feita e agora tudo faz sentido. Por isso estou republicando a tradução, dessa vez completa e corrigida, afinal as entrevistas com o Gustav são as melhores e vale muito a pena ler, não é verdade?!!! Please, Enjoy!
PS.: o post antigo foi apagado ;)

créditos:
Scans by NICO from THRomênia
Tradução_eng by Szilvie
Tradução_pt: Kelly_ THCBR || notas entre [ ] são minhas. Se repostar a tradução dê os dévidos créditos




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Primeira página:

Perfil - Gustav Schafer
No Hotel de Gustav


(Caixa cinza ao lado)

O grupo cult de adolescentes está retornando com Humanoid, seu quarto álbum. Batterie Magazine olhou para o fenômeno Tokio Hotel com o baterista Gustav, nos bastidores do Palais Ominsport em Bercy.

(Artigo)
Depois de Scorpions e Rammstein, o fenômeno do rock mais impressionante que sai da Alemanha é o Tokio Hotel. As canções pop eficazes e melodiosas da banda baby (que atrai a média de idade de 15 anos desde que o seu primeiro álbum Schrei foi lançado), aborda temas tão alegres quanto o amor, mas também morte, suicídio, divórcio e até mesmo a vida após a morte, tem encontrado uma ressonância importante junto aos adolescentes. É simples, as inscrições para os cursos de alemão nas escolas francesas dobraram após a saída do grupo. Tokio Hotel também tem um look completamente inesperado, criado pelo cantor Bill Kaulitz, cujo "corte de cabelo de fogos de artifício" faria o penteado do Robert Smith [do Cure], passar como uma escova simples, e quem, na verdade, veste coisas francamente risíveis. Além disso, quando propôs um encontro com o baterista da banda adolescente, fomos francamente cheios de perguntas. Será que vamos ter que ter este encontro com um tolo ritmo real? Tenha a certeza - Gustav é um baterista verdadeiramente bom, e graças ao seu pulso metronímico, o fenômeno Tokio Hotel pode fazer um groove sem preocupações. [acho que groove ali está relacionado com um modo de tocar inerente à bateria do qual eu não entendo]


Vocês todos já fizeram muita turnê nestes últimos anos. Você progrediu tanto assim tocando no palco?
G: Honestamente, acho que sim, pelo menos eu espero. De acordo com o meu 'Drumtech', eu fiz muitos progressos. Ele sabe o que está dizendo, pois ele me viu tocar, noite após noite. Além disso, eu prefiro que você pergunte a ele essa pergunta, porque eu sou suficientemente intransigente comigo, e eu não gosto de "atirar-me flores" [me gabar].

Você está frustrado pelo fato de que muitas pessoas consideram vocês como falsificados, e ignoram que são bons músicos?
G: Sabe, eu acho que há também um grupo de pessoas que sabem que estamos seguros em nossos instrumentos. Eu não gosto que alguns tomam-me como um tipo pretensioso, mas eu comecei a ter aulas de bateria com a idade de quatro anos, e hoje, estou em um nível elevado. Por que não dizer isso? Prefiro não contar às pessoas que pensam que eu sou um merda.

A propósito, por que você escolheu bateria?
G: Eu sempre fui atraído pela bateria. Creio que é verdadeiramente o instrumento que eu preciso, porque eu era um garoto com raiva, um tipo frustrado. Finalmente, descobri que toda a beleza deste instrumento reside em contrastes. Pode-se bater com toda a sua força, ou até mesmo apreciá-lo e tocar bem baixinho. Sim, eu admito que eu queria experimentar a guitarra, que é tão legal, mas fiquei desanimado depois de uma hora. (Risos)

Você tem algum músico na família?
G: Não! Meu pai tinha uma guitarra, e ele tinha o hábito de tocar para mim a introdução de "Smoke on the Water", mas pobre rapaz...era tudo que ele poderia tirar. Eu sou o único músico na casa.

Você aprendeu a tocar sozinho?
G: Na verdade, eu tive alguns cursos em uma escola de percussão, mas eu sempre gostei de aprender truques enquanto tocava e observando, sozinho. No entanto, adquiri uma série de truques de bateria com os meus professores, mas hey... a teoria e os rudimentos rítmicos, eles não são muito emocionantes quando você é um adolescente.

Sabemos que Lars Ulrich é o seu ídolo. Você já teve a oportunidade de conhecê-lo?
G: Sim, eu pude encontrar o Lars na Alemanha, durante a turnê do Metallica, e eu estava realmente muito louco [para encontrá-lo]. Foi totalmente incrível conhecer esse cara que tinha começado meus sonhos. Eu amo o estilo de Lars. Ele dá background, e ele produz um poder enorme quando ele toca. Eu particularmente gosto das músicas pesadas do Metallica como "Enter Sandman" e "Sad But True". No momento, estou sempre satisfeito quando toco uma de suas músicas com grande ruído.

Gostaria de tocar em um grupo mais agressivo do que o Tokio Hotel?
G: Daqui há uns anos, porque não! Mas estou na minha forma mais completa como o baterista dentro do Tokio Hotel. Eu coloco tudo que tenho e tudo que eu amo em nossas músicas, e eu posso reconhecer 100% da nossa música.

Além de Lars, que outros bateristas você admira?
G: Eu acho que o Danny Carey do 'Tool' é ... como se diz... ele é tão talentoso que não existe palavra que possa descrever o seu estilo. Senão, Jerry Gaskill, o baterista da banda  ‘King’s X’ é fantástico. Eu o recomendo.

Na Tour Humanoid, seu kit está instalado em uma plataforma de grande porte. O que você sente lá em cima, quando você está tão alto?
G: Eu sinto um grande senso de dominação, e eu adoro isso! (Risos) Mais seriamente, no início, foi bastante instável. Quando começamos a repetir com a plataforma, os cilindros hidráulicos foram ativados, e tive a sensação de que eu estava tocando em um elevador. Demorou um bocado de tempo para me ajustar a isso, mas agora, é natural, e eu estou tendo um grande momento.

Você não se sente muito isolado dos outros?
G: "Não, na verdade, eu aprecio subir ao palco e encontrar-me no meu próprio mundo pequeno. Os outros são super invejosos por causa disso. Eu posso bater nos tambores muito alto, e ninguém viria me chatear por isso. Todos eles se queixam da mesma forma, porque eu estou sentado o tempo todo, enquanto eles têm de permanecer em pé durante todo o show e se movimentar. Talvez eles estão ignorando porque eu sou obrigado a permanecer sentado. (Risos)

(... Continuação da segunda página)

Quais séries da Meinl você usa no momento?
G: Todos os pratos do meu conjunto atual vem da série MB20. Eu tenho um 'Charley' de 15 "e três crashes (18", 19"e 20"), um 'chinoise' de 20" e um 'ride' de 22". Eu os escolhi porque estes instrumentos proporcionam um som muito pesado e quente. Da mesma forma, em estúdio, todos mantendo-se na mesma família, às vezes eu opto por diferentes diâmetros.

Você quis desafiar-se durante as gravações de "Humanoid"?
G: Você sabe, o grupo permaneceu fechado dentro do estúdio por quase um ano, então sim, inevitavelmente, todos nós tentamos coisas novas para avançar. Pessoalmente, eu comecei a explorar as possibilidades que oferecem a bateria elétrica, e eu comecei a programar e usar o beat making [software].

Você tem um bom relacionamento musical com Georg Listing, o baixista da banda?
G: "Há apenas um minuto atrás eu disse que eu gosto de estar no meu próprio mundo. Georg é o único que eu deixaria entrar em minha bolha e no palco ele é meu melhor amigo. Estamos muito próximos e ligados."

Por que você não participa de eventos como o Meinl Festival?
G: Pare aí! Eu me sentiria muito amador entre todos aqueles grandes músicos. Eu mesmo... eu sou um baterista de uma banda. Meu negócio é criar ritmos simples e eficientes. Eu ficaria muito desconfortável se eu tivesse que fazer um demo, sozinho, em um palco.

Ficamos chocados ao saber que você foi atacado e espancado por um pedaço de garrafa quebrada no ano passado. Você mantém alguma sequela depois deste incidente?
G: Não, está tudo indo bem, e obrigado por se preocupar com minha saúde. Com o recolhimento, eu levo essa agressão com  filosofia, dizendo-me que, se isto não tivesse acontecido comigo, o rapaz teria o feito com outra pessoa. Além disso, eu tive muita sorte que ele tinha me batido na cabeça, e não acertou os meus olhos.

O que você faz quando está sozinho em sua casa?
G: Boa pergunta! Acabo de renovar a minha licença de pesca, e uma vez que a banda voltou para a Alemanha por uns dias, eu vou fazer um pouco de pesca. Minha vida com a banda é tão insana e rápida, que eu sou grato ao sentar próximo à água, e apreciar o silêncio e a natureza.

Com o tempo e o sucesso, você tem a impressão de que o Tokio Hotel tornou-se um emprego?
G: Não, porque, pessoalmente, eu tento não me deixar ser afetado pelo lado superficial da fama. Gosto de tocar na frente de milhares de pessoas, mas mesmo se houver apenas 50 fãs na sala, eu ainda vou dar tudo de mim. A música continua a ser, acima de tudo, uma história de paixão, e eu simplesmente não poderia viver sem ela. Além do mais, a nossa força, é que somos companheiros de verdade. Nós tocamos juntos há onze anos. Não guardo nenhum segredo desses caras, e eles não mantêm qualquer um [segredo] de mim. Um monte de bandas têm se separado por causa do sucesso, mas não nós.

Tom e Georg são, ao que parece, os favoritos das groupies. E você?
G: Por quê? Porque eles tocam a guitarra e o baixo? Pfff ... deixem-me rir. E agora deixe-me dizer: quando estamos em turnê, as meninas são proibidas no interior do ônibus da turnê. Eu mesmo, depois de um show, estou completamente acabado. Tudo que eu quero é comer em paz e beber uma boa cerveja. Depois, dirigir-me para a cama!

Para finalizar, você tem uma mensagem para nossos leitores?
G: Rock'n'roll e venha nos ver tocar.

Quote abaixo da foto de sua bateria:
"Prefiro não contar às pessoas que pensam que eu sou um merda."

Artigo por Ludovic Egraz

(Caixa cinza)

Uma personalidade impetuosa

Gustav nasceu em Magdeburgo, na RDA, um ano antes da queda da Cortina de Ferro. De acordo com os outros membros do Tokio Hotel, Gustav é um pouco hiperativo. Constantemente em movimento, ele canaliza a sua energia em percussão e esportes. Mais alegre, ele traz seu entusiasmo e carisma para a banda. De acordo com eles, ele continua o mesmo apesar do sucesso e do dinheiro. Com uma natureza muito simples, muitas vezes ele diz: "Eu absolutamente não ligo para o que os outros pensam sobre mim, eu recomendo, além disso, a todos fazer o mesmo."

2 comentários:

  1. Unknown disse...:

    Adorei a tradução , bem colocada e ele e um maximo mesmo, parabens a vocês.

  1. Obrigada a você por nos visitar! ;)

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