*Tendo em conta que é uma revista especial dos Tokio Hotel, contendo vários textos e artigos, postamos a tradução a tradução no momento está em PT europeu, por falta de tempo deixarei assim e assim que puder deixo ele no brazuca! (textos gigantes)
Na estrada com a banda alemã de maior sucesso. A sua história, os seu planos – fotografias exclusivas.
O Milagre Pop Vindo da Província
Fãs adolescentes em histeria, sucessos de tabelas e recintos esgotados. Quatro rapazes de Magdeburgo, são a banda de maior sucesso na Alemanha. E agora é suposto que consigam também conquistar o mercado internacional – e podem consegui-lo.
Fotografia do Bill: Apaixonadas pelo Billy: O vocalista dos Tokio Hotel aproxima-se dos fãs em Moscovo.Fotografia: Pausa para almoço: o vocalista Bill Kaulitz olha com algum cepticismo para o prato que lhe foi servido.
Aquilo que eles gostam mesmo de comer é fast food. Mas hoje é a vez dos pratos da cozinha do hotel.
Fotografia do Georg: Vista de Moscovo: O baixista Georg tem um minuto de descanso no quarto de hotel. Virado para o jardim, na frente do hotel os fãs gritam.
Fotografia dos Tokio Hotel: Tal como uma pequena versão de Michael Jackson: Bill Kaulitz e o seu irmão gémeo Tom, junto a ele o baixista Georg.
Fotografia do Gordon: Gordon Trümper é o padrasto de Bill e Tom. Aqui ele está em frente à sua escola de música, na qual os seus filhos costumavam ter a sua primeira sala de ensaios.
Fotografia de Bill: A vida de fazer e desfazer malas: Bill Kaulitz no seu quarto de hotel em Moscovo.
O Bill desenha a sua própria roupa desde os 11 anos.Fotografia dos Tokio Hotel: Tal como uma pequena versão de Michael Jackson: Bill Kaulitz e o seu irmão gémeo Tom, junto a ele o baixista Georg.
Fotografia do Gordon: Gordon Trümper é o padrasto de Bill e Tom. Aqui ele está em frente à sua escola de música, na qual os seus filhos costumavam ter a sua primeira sala de ensaios.
Fotografia de Bill: A vida de fazer e desfazer malas: Bill Kaulitz no seu quarto de hotel em Moscovo.
A sua música? Nirvana para adolescentes, a banda sonora da puberdade
Fotografia: Alinhados para a imprensa: os Tokio Hotel durante uma entrevista para a MTV Rússia.
Fotografia: Alinhados para a imprensa: os Tokio Hotel durante uma entrevista para a MTV Rússia.
Fotografia de Bill ao vivo: Bill Kaulitz em palco, em Moscovo. Recentemente a TV Russa reportou o aumento do interesse no alemão, enquanto língua estrangeira, graças aos Tokio Hotel.
Bill no avião: Uma imagem fora do normal, sem maquilhagem.
Bill no avião: Uma imagem fora do normal, sem maquilhagem.
Está a terminar a tarde no restaurante de quatro estrelas “The Park” em Moscovo. Vasos com lírios brancos em cima das mesas, junto a cada prato encontram-se quatro garfos, quatro facas e três colheres. No fundo, numa mesa longa com muitas velas brancas, está sentado Bill Kaulitz, um rapaz de 17 anos. Os seus olhos, pintados com eyeliner, atingem um tamanho fabuloso, o seu cabelo está penteado de forma a ficar espetado para todos os lados. Junto a ele senta-se o seu irmão gémeo, Tom, com um boné vermelho enterrado pela cabeça abaixo. As suas rastas loiras caem pelos seus ombros franzinos, como cobras. À sua frente um adolescente de cabelos compridos, Georg Listing, 19 anos, coloca constantemente o seu cabelo impecavelmente penteado por trás da orelha, junto a ele Gustav Schäfer, 18 anos, um loiro corpulento que toca bateria na mesa, com os talheres, de forma nervosa.
Os rapazes, todos de uma vila perto de Magdeburgo, aparentam ter sido arrastados pelos seus pais para um restaurante de luxo. E agora querem despachar-se o mais depressa possível. Ali sentem-se deslocados.
Dois empregados fazem um esforço para tomar nota dos pedidos dos quatro. Mas sem sucesso. Eles continuam a juntar as suas cabeças e a sussurar. Um mexe de forma frenética no cabelo, outro coloca a mão em frente da boca e silência o riso. Eles não fazem ideia de que aqueles quatro convidados, que se sentam cansados naquelas cadeiras, são as estrelas pop mais famosas da Alemanha. Talvez o soubessem se tivessem filhas pequenas. Não só em Berlim e Paris, mas também em Moscovo as raparigas entre os 6 e os 13 anos são loucas pelos Tokio Hotel.
Desde madrugada, por volta de 300 adolescentes russas encontram-se gritando: “Biiiill”, “Toooom“, “Guuustaaav” ou “Geeeooorg” para o ar, até as suas caras ficarem vermelhas, na parte de fora do hotel. Raparigas que tiveram de apanhar o comboio numa viagem de duas horas para chegar aqui. Que tiveram de faltar à escola pela primeira vez nas suas vidas. Que tiveram de se sentar em frente a um dicionário Alemão-Russo com as suas amigas durante uma tarde inteira. Nadia, de 13 anos, praticou o “Ich Liebe Dich” só para o caso. Durante a tarde os canais de televisão russos dão notícia do crescente interesse na língua alemã entre adolescentes, desde que o sucesso dos Tokio Hotel chegou ao país.
Os rapazes, todos de uma vila perto de Magdeburgo, aparentam ter sido arrastados pelos seus pais para um restaurante de luxo. E agora querem despachar-se o mais depressa possível. Ali sentem-se deslocados.
Dois empregados fazem um esforço para tomar nota dos pedidos dos quatro. Mas sem sucesso. Eles continuam a juntar as suas cabeças e a sussurar. Um mexe de forma frenética no cabelo, outro coloca a mão em frente da boca e silência o riso. Eles não fazem ideia de que aqueles quatro convidados, que se sentam cansados naquelas cadeiras, são as estrelas pop mais famosas da Alemanha. Talvez o soubessem se tivessem filhas pequenas. Não só em Berlim e Paris, mas também em Moscovo as raparigas entre os 6 e os 13 anos são loucas pelos Tokio Hotel.
Desde madrugada, por volta de 300 adolescentes russas encontram-se gritando: “Biiiill”, “Toooom“, “Guuustaaav” ou “Geeeooorg” para o ar, até as suas caras ficarem vermelhas, na parte de fora do hotel. Raparigas que tiveram de apanhar o comboio numa viagem de duas horas para chegar aqui. Que tiveram de faltar à escola pela primeira vez nas suas vidas. Que tiveram de se sentar em frente a um dicionário Alemão-Russo com as suas amigas durante uma tarde inteira. Nadia, de 13 anos, praticou o “Ich Liebe Dich” só para o caso. Durante a tarde os canais de televisão russos dão notícia do crescente interesse na língua alemã entre adolescentes, desde que o sucesso dos Tokio Hotel chegou ao país.
“Deixem a Alemanha!“, gritavam os fãs no concerto de Moscovo
Fotografias das fãs: Rasgos Criativos: Uma rapariga russa mostra um boneco do Bill feito por ela, para o seu ídolo
Fotografias das fãs: Rasgos Criativos: Uma rapariga russa mostra um boneco do Bill feito por ela, para o seu ídolo
“É uma loucura poder tocar em frente a 20.000 raparigas.”
Fotografia dos Devilish ao vivo: Arrasando de saia. Bill e os Tokio Hotel num concurso em Magdeburgo, em 2003, quando ainda se chamavam Devilish.
Fotografia dos Devilish: Pausa nos ensaios: Bill e a sua banda nas traseiras da sua primeira sala de ensaios no Verão de 2003.
Não se ouvem os fãs no interior. As janelas do restaurante são à prova de som e o pianista do hotel dá o seu melhor para embalar os convidados com uma sonata de Shubert, a horas tardias. Bill Kaulitz boceja, o seu irmão gémeo, Tom faz rabiscos de pequenas figuras, na mesa, com o seu garfo. “Este não é bem o nosso mundo, tanto luxo,” diz Gustav. Será que ele sabe quanto custa uma noite num hotel destes? Ele abana a cabeça. 400 euros. “Isso é mesmo muito,” diz ele e olha timidamente para o seu prato vazio.Fotografia dos Devilish ao vivo: Arrasando de saia. Bill e os Tokio Hotel num concurso em Magdeburgo, em 2003, quando ainda se chamavam Devilish.
Fotografia dos Devilish: Pausa nos ensaios: Bill e a sua banda nas traseiras da sua primeira sala de ensaios no Verão de 2003.
Para aqueles que até agora pensam: Tokio Hotel, é aquela banda de miúdos com penteados esquisitos que a minha filha gosta – não, os rapazes não são apenas um fenómeno desde Flenesburgo a Freising. Eles também fazem sucesso junto das meninas polacas. Desde as austríacas, às suíças, holandesas, russas, até às raparigas francesas. O ano passado, o álbum de estreia, “Schrei” até entrou nas tabelas francesas no 19º lugar. Entretanto, a banda vendeu 50.000 álbuns, por lá. Um álbum gravado em alemão, por quatro jovens da Alemanha Oriental que são famosos na terra da “chanson” – isso quase se aproxima de um pequeno milagre.
Os Tokio Hotel já venderam mais de 1.5 milhões de cds no total. Isso é um sucesso sensacional mesmo competindo com grupos como os Silbermond e Juli que vendem números semelhantes. No entanto, as bandas já não ganham a maior parte dos seus lucros na venda de cds, mas sim nos recintos e nesse campo, os Tokio Hotel estão entre os líderes de mercado. No passado, uma tour era considerada uma campanha promocional para um Cd. Hoje em dia, os dias de música gratuita na Internet e das cópias pirata, são o reverso da medalha. Os Tokio Hotel venderam aproximadamente 350.000 bilhetes, com um preço que rondava os 24 euros na sua tour passada. “Foi a tour mais bem sucedida da história da nossa empresa,” diz Alex Richter da Four Artists, promotora dos concertos dos Tokio Hotel.
Quando os Tokio Hotel foram lançados, há dois anos atrás, os seus membros estavam entre os 15 e os 18 anos de idade. Perfeitamente indicados para um grupo alvo que já há algum tempo tinha uma influência considerável nas tabelas e na venda de bilhetes: raparigas dos 6 aos 13 anos. Com interesses comerciais este grupo etário é interessante nesse sentido, porque estes miúdos ainda têm uma mente aberta e ainda são considerados como uma unidade, sendo que depois se começam a dividir pelo Rock, Hip Hop, Reaggae, Pop ou Tecno. Enquanto banda os Tokio Hotel combinam de forma perfeita as tendências: o nome da banda e a aparência do vocalista Bill Kaulitz lembra a Manga Japonesa, as rastas do guitarrista Tom e a sua roupa ajustam-se ao “Street Wear Americano”. O baixista Georg assemelha-se aos artistas pop britânicos com o risco ao lado e que ele afirma gostar de ouvir. E o baterista Gustav é o pés-assentes-na-terra, sem muitos enfeites, sem qualquer tipo de produção.
A sua música: Alemã, rock simples. São essencialmente os refrões que se tranformam em hinos que atingem os fãs, como gritos de guerra num estádio de futebol. A maior parte das músicas da banda são construídas como verdadeiros terremotos: começam lentamente, tipo balada. Enquanto Bill Kaulitz canta numa voz clara e triste, assemelhando-se a uma jovem Nena, as guitarras já soam no fundo e o seu volume aumenta e atinge o seu máximo mesmo a tempo do refrão. Nirvana para adolescentes. A banda sonora da puberdade. Um nicho de mercado.
Fotografia: Uma das primeiras poses para a câmara num campo desportivo de Magdeburgo. Nessa altura o Bill ainda era o mais pequeno, hoje em dia ele é o maior de todos com 1,83 m.
É claro que a histeria que rodeia os Tokio Hotel faz os managers sonhar. O que funciona tão bem na Alemanha deveria expandir-se. De acordo com os planos da sua discográfica, Universal, os quatro rapazes de Magdeburgo deverão agora tornar-se estrelas mundiais. Supostamente o primeiro álbum em inglês da banda será lançado em Inglaterra e na América em Maio, nos EUA através da bem sucedida Interscope que trabalha com Eminem ou Gwen Stefani, entre outros. O concerto em Moscovo, faz parte do teste “Tokio Hotel Internacional”. Bill Kaulitz deverá conseguir, em palco, num antigo recinto de skate, entusiasmar os adolescentes russos com letras como: “Schrei! Bis du du selbst bist” e “Leb die Sekunde”, pela primeira vez na noite seguinte.Neste momento, Bill Kaulitz tem outras preocupações. Salmão em crosta de sal? Pato em dill créme? Sopa de Lagosta? Olha ele com lamentos em direcção ao menu. “Eu quero pizza,” diz ele numa voz baixa para o grupo que espera. Não o diz numa voz exigente como uma criança mimada, ele diz de forma cuidadosa e educada como se estivesse apenas a tentar a possibilidade. “Claro, já te trazemos Bill,” diz o responsável da discográfica sorrindo suavemente. A mesa é limpa e o guarda costas Saki é enviado. Ele deverá encontrar uma Pizza Hut em Moscovo.
Em grosso modo, há duas coisas que Bill Kaulitz adora acima de tudo: fast fodd e fazer música. Fast Food é aquilo de que se alimenta e fazer música é o seu trabalho. “Para mim é muito divertido actuar em frente a 20.000 raparigas e fazer algo em conjunto com elas.” “Fazer algo?”, “Sim, brincar com elas, animá-las, fazê-las rir, fazê-las chorar, inspirar as suas emoções.” diz ele de forma profissional e ao mesmo tempo, ainda soa como um rapaz que ainda há pouco saiu da sua sala de ensaios para o palco.
Por estes dias, o novo single dos Tokio Hotel, “Übers Ende der Welt” será lançado, e em Fevereiro, o segundo álbum, Zimmer 483. Mais uma vez é em alemão, mais uma vez as letras falam de amor, raiva e alertas mundiais e mais uma vez é bastante triste. Gótico infantil, uma escuridão multi colorida: as suas novas músicas dizem: “Achtung, fertig, los und lauf/Vor uns bricht der Himmel auf/Wir schaffen es zusammen/Übers Ende dieser Welt/Die hinter uns zerfällt.”
Fotografia do Bill no Star Search: A primeira aparição na TV. Em 2003, Bill concorreu ao programa da Sat1, Star Search e foi excluido quase no final.
Fotografia do Bill e Thomas Gottschalk: ele podia ser seu avô: Thomas Gottschalk e Bill Kaulitz no programa “Wetten, dass…?” no passado Sábado.
Fotografia do David Bowie: A inspiração: Um dos maiores ídolos de Bill Kaulitz é a estrela pop e actor David Bowie.
Fotografia do Bill e Thomas Gottschalk: ele podia ser seu avô: Thomas Gottschalk e Bill Kaulitz no programa “Wetten, dass…?” no passado Sábado.
Fotografia do David Bowie: A inspiração: Um dos maiores ídolos de Bill Kaulitz é a estrela pop e actor David Bowie.
A ansiedade no trabalho, violência nas escolas, radicalismos de direita, famílias monoparentais – tudo isso é parte do quotidiano da sua geração, eles nunca experienciaram os acolhedores anos de prosperidade.
Os Tokio Hotel cantam sobre o drama do divórcio do ponto de vista das crianças em “Gegen meinen Willen”: “Ihr guckt euch nicht mehr an/Und ihr glaubt, ich merk das nicht”. (“Contra a minha vontade. Vocês já nem olham um para o outro. E pensam que eu nem reparo.) São linhas com as quais os fãs se podem identificar. “Só podemos escrever sobre as coisas que nos afectam,” diz Bill, “tudo o resto seria vazio.” E a esse respeito, ele sabe do que fala. Os seus pais separaram-se, ainda ele era uma criança.
Qualquer pessoa que ouça Bill Kaulitz falar sobre música, concertos, escrita de músicas, achará difícil de acreditar que ali está um rapaz que largou a escola depois do 9º ano. Ele é um profissional – uma estrela. E é a principal razão de tamanho sucesso da banda. Tudo começou no ano de 2003. Depois de um Bill de 13 anos ter actuado no programa da Sat1, “Star Search”, o produtor Peter Hoffmann foi até Magdeburgo para ver Kaulitz e a sua banda num pequeno bar. Mesmo nessa altura, já ele usava maquillhagem, uma mistura de vampiro e fada. “Talvez em parte David Bowie possa ser responsabilizado”, diz ele, “Eu vi o seu filme Labirinto vezes e vezes sem conta e admirava-o muito.” Nesse filme Bowie retrata o Rei dos Duendes com uma enorme juba.
Ele anda assim vestido desde uma festa de Dia das Bruxas quando tinha 11 anos. Na altura já a banda existia com os seus membros de hoje em dia. Bill como vocalista, o seu irmão gémeo Tom como guitarrista, Gustav na bateria e Georg no baixo. Eles auto intitulavam-se Devilish e tinham músicas rock simples com títulos como: “Grauer Alltag” (“grey everyday life”) – (”Keine Arbeit und Gewalt/So wird hier keiner von uns alt/Politiker fühlen sich ganz schlau/und trotzdem bleibt der Alltag grau” – não há trabalho e violência/ nenhum de nós irá crescer assim/ os políticos acham-se muito espertos/ no entanto todos os dias a vida é cinzenta.)
Matéria bruta maravilhosa, considerou Hoffmann. Esta não era uma audição com um monte de adolescentes, mas uma banda jovem de verdade. Hoffmann agarrou nos produtores Pat Benzner, David Jost e Dave Roth. Juntos, trabalharam com os quatro rapazes, em estúdio, durante dois anos; foram-lhes dadas aulas de música e canto – e um novo nome. Os Devilish deram lugar aos Tokio Hotel. Pareceu bem aos rapazes e mais ainda “é uma cidade louca”, diz Bill, “apesar de nunca termos estado lá.”
Alex Gernandt, editor da BRAVO, foi uma das primeiras pessoas a poder ter acesso à banda a um nível profissional. Gernandt – de gorro e calças de fato de treino, 41 anos – fala de “fascínio” e “uma aparência incrível” quando é questionado sobre aquilo que torna os Tokio Hotel tão especiais. E quando fala do primeiro encontro com a banda ele quase se torna poético. “Foi num dia de chuva, em Maio, no ano de 2005. Foi quando arrancámos para ir dar uma olhadela nesses rapazes de Magdeburgo – e eu fiquei fascinado de imediato.”
Para Gernandt era óbvio. Era o produto certo, no momento certo. Bandas como Juli ou Silbermond tornaram-se adequados para os quartos dos adolescentes – e o single dos Tokio Hotel “Durch den Monsun” era algo como a “Perfekte Welle“ (Onda Perfeita) para uma geração acima dos 10 anos. E por isso a BRAVO decidiu mostrar a sua crença na banda: aqui estava alguém que os apoiava, alguém que acreditava no grupo. Com a BRAVO a dar a assistência inicial poucas coisas poderiam correr mal: antes do lançamento do primeiro single a revista já relatava a existência da “Nova Super Banda Alemã”, espicaçando a curiosidade e colocando todos os olhos no material da banda que iria ser lançado. Resultado: 60 emails. Sendo que eram apenas o feedback a uma única fotografia.
É claro que a sua dedicação aos Tokio Hotel também se baseia numa relação comercial tangível. Nenhuma outra revista é tão dependente de notícias frescas de estrelas adolescentes, quanto a BRAVO. Graças a várias coberturas relacionadas com os Tokio Hotel a sua circulação aumentou em 12,2% durante o primeiro quarto do ano passado. A carreira internacional será o próximo grande tópico da revista. Quando questionamos os quatro rapazes, relativamente aos planos internacionais eles ficam silenciosos, quase apagados. “Não queremos andar a espalhar isso,” diz o baixista Georg. Será que têm medo do fracasso? “Não, não temos nada a perder, já alcançámos muito mais do que estávamos à espera,” assegura Bill. Verdade. Westernhagen, Grönemeyer, Maffay, todos os grandes rockers alemães tiveram de penar em frente de pequenas audiências, anos a fio. Os Tokio Hotel, pelo contrário, foram um relâmpago. E já enchem recintos com 18.000 pessoas.
Qualquer pessoa que ouça Bill Kaulitz falar sobre música, concertos, escrita de músicas, achará difícil de acreditar que ali está um rapaz que largou a escola depois do 9º ano. Ele é um profissional – uma estrela. E é a principal razão de tamanho sucesso da banda. Tudo começou no ano de 2003. Depois de um Bill de 13 anos ter actuado no programa da Sat1, “Star Search”, o produtor Peter Hoffmann foi até Magdeburgo para ver Kaulitz e a sua banda num pequeno bar. Mesmo nessa altura, já ele usava maquillhagem, uma mistura de vampiro e fada. “Talvez em parte David Bowie possa ser responsabilizado”, diz ele, “Eu vi o seu filme Labirinto vezes e vezes sem conta e admirava-o muito.” Nesse filme Bowie retrata o Rei dos Duendes com uma enorme juba.
Ele anda assim vestido desde uma festa de Dia das Bruxas quando tinha 11 anos. Na altura já a banda existia com os seus membros de hoje em dia. Bill como vocalista, o seu irmão gémeo Tom como guitarrista, Gustav na bateria e Georg no baixo. Eles auto intitulavam-se Devilish e tinham músicas rock simples com títulos como: “Grauer Alltag” (“grey everyday life”) – (”Keine Arbeit und Gewalt/So wird hier keiner von uns alt/Politiker fühlen sich ganz schlau/und trotzdem bleibt der Alltag grau” – não há trabalho e violência/ nenhum de nós irá crescer assim/ os políticos acham-se muito espertos/ no entanto todos os dias a vida é cinzenta.)
Matéria bruta maravilhosa, considerou Hoffmann. Esta não era uma audição com um monte de adolescentes, mas uma banda jovem de verdade. Hoffmann agarrou nos produtores Pat Benzner, David Jost e Dave Roth. Juntos, trabalharam com os quatro rapazes, em estúdio, durante dois anos; foram-lhes dadas aulas de música e canto – e um novo nome. Os Devilish deram lugar aos Tokio Hotel. Pareceu bem aos rapazes e mais ainda “é uma cidade louca”, diz Bill, “apesar de nunca termos estado lá.”
Alex Gernandt, editor da BRAVO, foi uma das primeiras pessoas a poder ter acesso à banda a um nível profissional. Gernandt – de gorro e calças de fato de treino, 41 anos – fala de “fascínio” e “uma aparência incrível” quando é questionado sobre aquilo que torna os Tokio Hotel tão especiais. E quando fala do primeiro encontro com a banda ele quase se torna poético. “Foi num dia de chuva, em Maio, no ano de 2005. Foi quando arrancámos para ir dar uma olhadela nesses rapazes de Magdeburgo – e eu fiquei fascinado de imediato.”
Para Gernandt era óbvio. Era o produto certo, no momento certo. Bandas como Juli ou Silbermond tornaram-se adequados para os quartos dos adolescentes – e o single dos Tokio Hotel “Durch den Monsun” era algo como a “Perfekte Welle“ (Onda Perfeita) para uma geração acima dos 10 anos. E por isso a BRAVO decidiu mostrar a sua crença na banda: aqui estava alguém que os apoiava, alguém que acreditava no grupo. Com a BRAVO a dar a assistência inicial poucas coisas poderiam correr mal: antes do lançamento do primeiro single a revista já relatava a existência da “Nova Super Banda Alemã”, espicaçando a curiosidade e colocando todos os olhos no material da banda que iria ser lançado. Resultado: 60 emails. Sendo que eram apenas o feedback a uma única fotografia.
É claro que a sua dedicação aos Tokio Hotel também se baseia numa relação comercial tangível. Nenhuma outra revista é tão dependente de notícias frescas de estrelas adolescentes, quanto a BRAVO. Graças a várias coberturas relacionadas com os Tokio Hotel a sua circulação aumentou em 12,2% durante o primeiro quarto do ano passado. A carreira internacional será o próximo grande tópico da revista. Quando questionamos os quatro rapazes, relativamente aos planos internacionais eles ficam silenciosos, quase apagados. “Não queremos andar a espalhar isso,” diz o baixista Georg. Será que têm medo do fracasso? “Não, não temos nada a perder, já alcançámos muito mais do que estávamos à espera,” assegura Bill. Verdade. Westernhagen, Grönemeyer, Maffay, todos os grandes rockers alemães tiveram de penar em frente de pequenas audiências, anos a fio. Os Tokio Hotel, pelo contrário, foram um relâmpago. E já enchem recintos com 18.000 pessoas.
Bill e Tom já se destacavam pelas suas roupas quando eram crianças.
Fotografia do Edifício: Os gémeos Kaulitz cresceram neste pequeno edifício perto dos despejos das minas de potássio em Loitsche, perto de Magdeburgo.
Fotografia do Edifício: Os gémeos Kaulitz cresceram neste pequeno edifício perto dos despejos das minas de potássio em Loitsche, perto de Magdeburgo.
É a segunda noite em Moscovo. Bill, Tom, Gustav e Georg sentam-se em volta de uma mesa de plástico na sua sala nos bastidores. Alguns ursinhos de goma, algumas latas de Red Bull e uma taça de fruta colocada em cima dela. Os espelhos na parede estão tortos. Não há janelas. Nem o glamour típico das estrelas pop. No entanto, assim que as portas abrem qualquer um consegue ouvir os gritos dentro do recinto: 6000 raparigas russas. Algumas gritam: “Bill, deixa a Alemanha!”
“O que é que eu devo dizer como saudação?,” ele pergunta correndo de forma nervosa com os cabelos despenteados. “Diz ‘Dobryj wetscher’, isso significa “Boa Noite”, em russo,” diz Gustav, que aprendeu russo na escola durante alguns anos. “Dobryi, o quê? Eu não me consigo lembrar disso. Assim que entrar em palco vou-me esquecer.” De repente Bill parece diminuído, pequeno e ansioso. As suas mãos tremem um pouco quando ele abre uma garrafa de água. Nesta altura ele pouco reaje, parece perdido em devaneios. A responsável pela imprensa pede-nos para sair dos bastidores. Faltam 30 minutos para começar o grande concerto.
Com o início do concerto Bill parece transformar-se. Descontraído ele permanece atrás das cortinas negras do palco, muda casualmente o microfone da mão direita para a esquerda, sorri, inspira e expira profundamente, espera no seu lugar como um atleta esperando pelo sinal de partida. A banda já toca as primeiras notas. Milhares de raparigas têm os seus olhos fixos no palco. Onde está o Bill? De repente ele aparece, está no meio dos holofotes, levantando os seus braços e um grito gigantesco enche o recinto. Mesmo quando se é adulto, uma pessoa apercebe-se logo: este rapaz tem algo. Esta energia louca com a qual ele enche o ar. Esta linguagem corporal, quando ele permanece numa perfeita pose rock, o quadril inclinado, o braço dobrado, o seu olhar preso na distância. Ele podia ser o filho de Cher e David Bowie, dramático e sempre gesticulante, andrógino e glamoroso. Um rapaz da província que decidiu ser uma estrela quando tinha 12 anos, que comprava maquilhagem no supermercado e cortava as suas roupas para se destacar.
Se alguém quer saber de onde tudo isto veio – irá ter a Loitsche, uma vila perto de Magdeburgo, 670 habitantes. “Tokio Hotel? Eles vivem ali,” diz um vizinho e aponta para um pequeno edifício com vista para uma colina castanha. Loitsche é o centro das minas de potássio. Não é feia, apenas um pouco sombria. Não é difícil de imaginar o porquê de alguém começar a escrever poemas aqui. Ou músicas sobre um quotidiano cinzento.
Os rapazes tocavam em pequenos bares em Magdeburgo e participavam em competições locais. Até que o telefone tocou e era o produtor, uma enorme euforia. Mas o primeiro contrato com a Sony BMG ardeu, a empresa cortou o orçamento para as novas bandas
“O que é que eu devo dizer como saudação?,” ele pergunta correndo de forma nervosa com os cabelos despenteados. “Diz ‘Dobryj wetscher’, isso significa “Boa Noite”, em russo,” diz Gustav, que aprendeu russo na escola durante alguns anos. “Dobryi, o quê? Eu não me consigo lembrar disso. Assim que entrar em palco vou-me esquecer.” De repente Bill parece diminuído, pequeno e ansioso. As suas mãos tremem um pouco quando ele abre uma garrafa de água. Nesta altura ele pouco reaje, parece perdido em devaneios. A responsável pela imprensa pede-nos para sair dos bastidores. Faltam 30 minutos para começar o grande concerto.
Com o início do concerto Bill parece transformar-se. Descontraído ele permanece atrás das cortinas negras do palco, muda casualmente o microfone da mão direita para a esquerda, sorri, inspira e expira profundamente, espera no seu lugar como um atleta esperando pelo sinal de partida. A banda já toca as primeiras notas. Milhares de raparigas têm os seus olhos fixos no palco. Onde está o Bill? De repente ele aparece, está no meio dos holofotes, levantando os seus braços e um grito gigantesco enche o recinto. Mesmo quando se é adulto, uma pessoa apercebe-se logo: este rapaz tem algo. Esta energia louca com a qual ele enche o ar. Esta linguagem corporal, quando ele permanece numa perfeita pose rock, o quadril inclinado, o braço dobrado, o seu olhar preso na distância. Ele podia ser o filho de Cher e David Bowie, dramático e sempre gesticulante, andrógino e glamoroso. Um rapaz da província que decidiu ser uma estrela quando tinha 12 anos, que comprava maquilhagem no supermercado e cortava as suas roupas para se destacar.
Se alguém quer saber de onde tudo isto veio – irá ter a Loitsche, uma vila perto de Magdeburgo, 670 habitantes. “Tokio Hotel? Eles vivem ali,” diz um vizinho e aponta para um pequeno edifício com vista para uma colina castanha. Loitsche é o centro das minas de potássio. Não é feia, apenas um pouco sombria. Não é difícil de imaginar o porquê de alguém começar a escrever poemas aqui. Ou músicas sobre um quotidiano cinzento.
Os rapazes tocavam em pequenos bares em Magdeburgo e participavam em competições locais. Até que o telefone tocou e era o produtor, uma enorme euforia. Mas o primeiro contrato com a Sony BMG ardeu, a empresa cortou o orçamento para as novas bandas
* E aqui fica a última parte desta revista especial de 2007 =)
Fotografia da Banda com Herbert Grönemeyer: A banda conversou com Herbert Grönemeyer na sequência do número de aniversário da revista “Tempo”.
Fotografia de Bill com a Nena: Bill Kaulitz trabalhou com a Nena na dobragem de um novo filme animado.
Fotografia de Bill com a Nena: Bill Kaulitz trabalhou com a Nena na dobragem de um novo filme animado.
“Olhando para trás nem foi assim tão mau,” diz Trümper. “Os rapazes aprenderam logo o quão variável pode ser a indústria musical e como o sucesso é uma teia fina”.
E agora? Estará ele preocupado por eles poderem perder a noção da realidade um dia? “Claro que pensamos nisso. Mas eu tenho a sensação de que eles não perderão a humildade. Eles estão eufóricos depois de terem estado em tour. Mas eles descem sempre a terra muito depressa. E então acham óptimo que tudo volte rapidamente ao normal em casa,” diz ele. “De alguma forma aquilo que algumas pessoas famosas dizem, é verdade: as pessoas não mudam muito – é aquilo que te rodeia que se aproxima de ti de forma diferente.”
Se a banda já está rica por agora – ele prefere não comentar. O acordo entre os produtores dos Tokio Hotel e a companhia discográfica Universal é o chamado “Bandübernahmevertrag” – isso significa que a companhia discográfica compra todo o material das músicas e não tem de contribuir nos custos de produção. A banda em si, consegue um acordo bem dotado que lhes garante a sua parte em todo os processos – venda de cds, merchandising, lucros da tour. “Até agora,” um dos responsáveis da companhia diz, “a banda só conheceu um caminho desde a celebração do contrato: para cima.”
David Jost, 34 anos, é parte da equipa de produtores e escreve as músicas juntamente com a banda. Ele usa calças de ganga, casaco de cabedal, círculos escuros por baixo dos olhos. Ele teve de enviar amigos para verem uma nova casa para ele em Hamburgo. “Já não me sobra tempo nenhum. Os Tokio Hotel consumem todo o meu tempo,” diz ele. Ele desenvolve as letras das músicas juntamente com Bill Kaulitz. “Ele começou a escrever músicas com 8 anos,” diz Jost. “Ele incluiu muito disso nas suas músicas. O facto de ele conseguir utilizar palavras de tal forma emocionais com essa idade é um talento excepcional.”
Jost é ainda uma espécie de pai da banda, o homem certo para tarefas específicas. Ele certifica-se de que os rapazes não se desleixam. Os gémeos ainda são menores e têm de fazer os seus trabalhos de casa e estudar por correspondência. “Isso é importante para nós,” diz Bill, “no caso de, por alguma razão a nossa carreira musical não funcionar, ainda queremos ter o diploma.”
Se a banda já está rica por agora – ele prefere não comentar. O acordo entre os produtores dos Tokio Hotel e a companhia discográfica Universal é o chamado “Bandübernahmevertrag” – isso significa que a companhia discográfica compra todo o material das músicas e não tem de contribuir nos custos de produção. A banda em si, consegue um acordo bem dotado que lhes garante a sua parte em todo os processos – venda de cds, merchandising, lucros da tour. “Até agora,” um dos responsáveis da companhia diz, “a banda só conheceu um caminho desde a celebração do contrato: para cima.”
David Jost, 34 anos, é parte da equipa de produtores e escreve as músicas juntamente com a banda. Ele usa calças de ganga, casaco de cabedal, círculos escuros por baixo dos olhos. Ele teve de enviar amigos para verem uma nova casa para ele em Hamburgo. “Já não me sobra tempo nenhum. Os Tokio Hotel consumem todo o meu tempo,” diz ele. Ele desenvolve as letras das músicas juntamente com Bill Kaulitz. “Ele começou a escrever músicas com 8 anos,” diz Jost. “Ele incluiu muito disso nas suas músicas. O facto de ele conseguir utilizar palavras de tal forma emocionais com essa idade é um talento excepcional.”
Jost é ainda uma espécie de pai da banda, o homem certo para tarefas específicas. Ele certifica-se de que os rapazes não se desleixam. Os gémeos ainda são menores e têm de fazer os seus trabalhos de casa e estudar por correspondência. “Isso é importante para nós,” diz Bill, “no caso de, por alguma razão a nossa carreira musical não funcionar, ainda queremos ter o diploma.”
Texto na Caixa Rosa:
Tokio Hotel vítimas de Sátira
Os alemães mais irritantes? O sucesso tem um preço: nenhum outro grupo pop é tão gozado quanto os Tokio Hotel. Vídeos depreciadores circulam em especial na Internet.
Tokio Hotel vítimas de Sátira
Os alemães mais irritantes? O sucesso tem um preço: nenhum outro grupo pop é tão gozado quanto os Tokio Hotel. Vídeos depreciadores circulam em especial na Internet.
Fotografia da tatuagem do Bill: Bill e a sua tatuagem TH que ele fez ainda antes dos Tokio Hotel lançarem o primeiro cd.
Os gémeos Kaulitz deixaram a escola após o 9º ano porque estavam sempre na estrada. E quando estavam por lá, as aulas tornavam-se impossíveis porque fãs de toda a Alemanha cercavam a escola.
A maçã no portátil de Jost está sempre iluminada, ele verifica constantemente os seus emails, 400 estarão para sempre na categoria dos não lidos, diz ele. Ele está com os rapazes quando eles têm concertos; ele acompanha-os a todas as festas. Ele reconhece que mais e mais adultos mostram esperanças no que à banda diz respeito. “Há qualquer coisa naquele Bill,” diz ele, “é de levar à loucura. Por exemplo nos últimos Prémios Echo: toda a gente queria falar com o tipo. Até os chefes de outras companhias discográficas. Quer dizer, hoje em dia, com um artistas estrangeiro isso é praticamente impossível. Mas eles queriam um autógrafo dele. Ele estava sempre cercado de pelo menos 40 pessoas. Uma loucura.” Até Herbert Grönemeyer, cuja filha é uma grande fã de Tokio Hotel, deu recentemente a sua benção aos rapazes de Magdeburgo: “No início apenas ouvi falar por alto, depois quis saber do que se tratava. E quando ouvi a música, eu pensei, isto não é uma coisa montada para fins comerciais, tem conteúdo.” A imagem que haviam feito da banda de adolescentes mudou. Neste momento até uma celebridade como a Nena trabalha em conjunto com Bill Kaulitz. Ambos trabalharam na dobragem do novo filme animado “Artur e os Minimeus”.
E como lida Bill com tudo isto? “Extraordinariamente bem. Mas claro, também o obriga a ficar sobre constante observação,” diz David Jost. Por enquanto os rapazes moram juntos numa casa em Hamburgo, o estúdio de gravação é logo ao virar da esquina. No entanto, ainda não se instalaram por lá, as salas de tectos altos e piso em parquet ainda parecem um pouco nuas. Em contrapartida há câmaras de vigilância lá fora porque as fãs rapidamente descobriram onde os rapazes viviam. Aqui eles vivem das suas malas, prontos a partir a qualquer momento; algures há sempre uma gala de TV, um concerto, uma sessão de autografos para eles.
Na casa há apenas uma casa de banho. “Discutimos sempre quem vai em último, porque é quem pode ficar mais tempo,” diz Tom. Eles não querem casas próprias, de todo, “mas ficamos sempre imensamente felizes quando podemos voltar de novo a casa dos nossos pais em Magdeburgo,” diz Bill.
Os momentos em que Bill Kaulitz admite os pontos baixos da fama, são raros. Ele queria e quer aquilo que tem agora, quer muito: atenção sem limites, 24 horas por dia, sete dias por semana. Mas por vezes as coisas fogem ao seu controlo. “Tenho de me disfarçar com um boné e óculos de sol quando quero ir ao centro comercial. E de repente uma pequena visita ao centro comercial transforma-se numa sessão de autógrafos de duas horas incluindo cem pedidos para tirar fotos. Isso por vezes pode ser aborrecido.” Diz ele, repensa as suas palavras e retoma logo de seguida, “apesar disso os fãs são fabulosos, todos eles são adoráveis.” Todos dentro da banda encontraram a sua própria forma de escapar à pressão: Gustav limita-se a sentar-se num quarto escuro de hotel após os concertos, Georg levanta pesos nas primeiras horas da manhã, e Tom diz: “Eu descanso melhor quando posso ficar na cama e dormir durante 13 horas.”
Para Bill Kaulitz, os Tokio Hotel sempre foram mais que uma banda. Para ele, são o veículo que lhe permite transformar-se numa forma personagem artística pública. Uma personagem que ele testou durante anos em palcos mais pequenos. Bill sempre levou isto mais a sério. Mesmo antes do primeiro álbum ter sido lançado, antes de quem quer que seja conseguir adivinhar se seria um sucesso ou não, Bill Kaulitz uma noite chamou David Jost: “Eu vou tatuar o símbolo dos Tokio Hotel no meu pescoço, um T e um H entrelaçados.”
“Miúdo, tu estás louco,” disse-lhe eu, “depois se isto não resulta vais ter isso no teu pescoço para sempre!” contou-nos Jost. No entanto, Bill ficou perfeitamente calmo. “Ele disse apenas: Isto sou eu, é o que eu quero e aquilo que eu represento. Mesmo que não tenhamos sucesso,” David Jost fez uma pausa cheia de significado. Se tudo isto fosse uma cena de filme, neste momento ouvir-se-iam os violinos.
De certo modo o sucesso dos Tokio Hotel desacredita uma fórmula muito antiga na indústria musical. As celebridades podem surgir de qualquer tipo normal. A banda de rapazinhos da escola vindos de Magdeburgo era um diamante em bruto, bastava alguém descobri-los e lapidá-los. Se isso é o suficiente para uma carreira a nível mundial, veremos. Para que os adolescentes americanos fiquem a saber da existência da banda é simples e com um método efectivo: colocar algumas notícias na Internet, algumas fotografias e vídeos – e espalha-se sozinho. Revistas como a BRAVO ou os programas de televisão alemães nunca antes conseguiram alcançar uma audiência estrangeira com a mesma rapidez que o MySpace ou o Youtube.
Em primeiro lugar os experientes fãs da Internet, que utilizam a net como forma de comunicação interactiva exigem celebridades autênticas que poderiam surgir no seu próprio meio e também isso os quatro rapazes da província alemã conseguiram. Eles têm o aspecto certo, o som correcto e eles têm-se uns aos outros. Agora a única coisa de que necessitam é de outra dose de boa sorte.
E como lida Bill com tudo isto? “Extraordinariamente bem. Mas claro, também o obriga a ficar sobre constante observação,” diz David Jost. Por enquanto os rapazes moram juntos numa casa em Hamburgo, o estúdio de gravação é logo ao virar da esquina. No entanto, ainda não se instalaram por lá, as salas de tectos altos e piso em parquet ainda parecem um pouco nuas. Em contrapartida há câmaras de vigilância lá fora porque as fãs rapidamente descobriram onde os rapazes viviam. Aqui eles vivem das suas malas, prontos a partir a qualquer momento; algures há sempre uma gala de TV, um concerto, uma sessão de autografos para eles.
Na casa há apenas uma casa de banho. “Discutimos sempre quem vai em último, porque é quem pode ficar mais tempo,” diz Tom. Eles não querem casas próprias, de todo, “mas ficamos sempre imensamente felizes quando podemos voltar de novo a casa dos nossos pais em Magdeburgo,” diz Bill.
Os momentos em que Bill Kaulitz admite os pontos baixos da fama, são raros. Ele queria e quer aquilo que tem agora, quer muito: atenção sem limites, 24 horas por dia, sete dias por semana. Mas por vezes as coisas fogem ao seu controlo. “Tenho de me disfarçar com um boné e óculos de sol quando quero ir ao centro comercial. E de repente uma pequena visita ao centro comercial transforma-se numa sessão de autógrafos de duas horas incluindo cem pedidos para tirar fotos. Isso por vezes pode ser aborrecido.” Diz ele, repensa as suas palavras e retoma logo de seguida, “apesar disso os fãs são fabulosos, todos eles são adoráveis.” Todos dentro da banda encontraram a sua própria forma de escapar à pressão: Gustav limita-se a sentar-se num quarto escuro de hotel após os concertos, Georg levanta pesos nas primeiras horas da manhã, e Tom diz: “Eu descanso melhor quando posso ficar na cama e dormir durante 13 horas.”
Para Bill Kaulitz, os Tokio Hotel sempre foram mais que uma banda. Para ele, são o veículo que lhe permite transformar-se numa forma personagem artística pública. Uma personagem que ele testou durante anos em palcos mais pequenos. Bill sempre levou isto mais a sério. Mesmo antes do primeiro álbum ter sido lançado, antes de quem quer que seja conseguir adivinhar se seria um sucesso ou não, Bill Kaulitz uma noite chamou David Jost: “Eu vou tatuar o símbolo dos Tokio Hotel no meu pescoço, um T e um H entrelaçados.”
“Miúdo, tu estás louco,” disse-lhe eu, “depois se isto não resulta vais ter isso no teu pescoço para sempre!” contou-nos Jost. No entanto, Bill ficou perfeitamente calmo. “Ele disse apenas: Isto sou eu, é o que eu quero e aquilo que eu represento. Mesmo que não tenhamos sucesso,” David Jost fez uma pausa cheia de significado. Se tudo isto fosse uma cena de filme, neste momento ouvir-se-iam os violinos.
De certo modo o sucesso dos Tokio Hotel desacredita uma fórmula muito antiga na indústria musical. As celebridades podem surgir de qualquer tipo normal. A banda de rapazinhos da escola vindos de Magdeburgo era um diamante em bruto, bastava alguém descobri-los e lapidá-los. Se isso é o suficiente para uma carreira a nível mundial, veremos. Para que os adolescentes americanos fiquem a saber da existência da banda é simples e com um método efectivo: colocar algumas notícias na Internet, algumas fotografias e vídeos – e espalha-se sozinho. Revistas como a BRAVO ou os programas de televisão alemães nunca antes conseguiram alcançar uma audiência estrangeira com a mesma rapidez que o MySpace ou o Youtube.
Em primeiro lugar os experientes fãs da Internet, que utilizam a net como forma de comunicação interactiva exigem celebridades autênticas que poderiam surgir no seu próprio meio e também isso os quatro rapazes da província alemã conseguiram. Eles têm o aspecto certo, o som correcto e eles têm-se uns aos outros. Agora a única coisa de que necessitam é de outra dose de boa sorte.
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